Os Projetos de Engenharia Civil são processos de planejamento e graficação de ambientes e sistemas para edificações e obras de habitação, infraestrutura ou com função artística.
A elaboração de um projeto tem como objetivo prever todos fatores e condições que possam afetar a edificação, garantindo sua funcionalidade, segurança, conforto e economia.
O projeto pode ter diversos objetivos, entre eles:
O detalhamento deve ser feito de forma que seja facilmente compreendido por aqueles que irão executar o empreendimento, evitando erros, atrasos, desperdícios e patologias nas construções. Todas informações necessárias para a execução do empreendimento devem estar disponíveis, por exemplo:
Para transmitir essas informações normalmente são utilizadas plantas de projeto, como a Planta Baixa e Planta de Cobertura, e documentos textuais, como Memoriais Descritivos e Memoriais de Cálculo.
Considerando os conceitos de Vitrúvio, os projetos devem atender cumulativamente aos princípios básicos “utilitas” (utilidade, uso, funcionalidade, proveito, vantagem), “firmitas” (solidez, firmeza, consistência, robustez) e “venustas” (beleza, elegância, estética).
Podemos citar como exemplo a simples escolha do tipo de janela para fachada de uma casa de praia. Por mais que esquadrias de ferro sejam lindas, deve-se considerar que a agressividade do ambiente litorâneo é um fator de grande impacto, pois irá degradar o elemento rapidamente.
Dessa forma, podemos optar por esquadrias de alumínio ou pvc, evitando assim gastos desnecessários com manutenção corretiva. O projetista deve buscar equilíbrio entre custo de construção, custo de manutenção, funcionalidade, eficiência, conforto e estética do elemento.
Outro ponto de extrema importância no projeto é a redução, ou eliminação, dos erros de execução. Um projeto bem elaborado descreve nos mínimos detalhes os materiais e procedimentos que deverão ser aplicados para execução. Não cabe ao pedreiro, por exemplo, decidir a quantidade de água que será utilizada na argamassa.
Apesar da experiência empírica ser de grande utilidade, esta deve ser utilizada para elaboração de um projeto de qualidade, e não para improviso na obra. Podemos citar como exemplo uma simples viagem para fornecimento de materiais.
Ao escolher a rota o projetista pode considerar que o caminho mais curto é o ideal, porém alguém com experiência nessa rota pode auxiliá-lo ao mostrar que tal caminho possui um trecho mal conservado, que pode aumentar o tempo de viagem e ainda danificar o veículo. Com essa troca de informações é possível chegar na rota ideal e ajustar a quantidade de gasolina em função das alterações.
Porém, caso o projetista defina uma rota específica e o motorista, sabendo do problema da estrada, resolva seguir outro caminho como improviso, ficará sem combustível. É importante notar que o improviso não é o único problema deste planejamento, mas também a falta de um estudo preliminar sobre as condições da estrada, falta de consulta a pessoas com experiência na rota e também a não previsão de gasolina excedente para emergências.